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Momentos de Reflexão

Momentos de Reflexão

Vitória


Vamos falar sobre vitória, algo que, em tese, está no fim, mas que vivemos desde o presente.
Acessei meu Facebook hoje pela manhã e vejo uma única nota soando: as conquistas futebolísticas de alguns times sendo comemoradas pelos seus adeptos, sem se esquecer das piadinhas e celebrações pela derrota do outro. Chama-me a atenção a maneira como os esportes agitam as pessoas, mudam seus ânimos, e até mesmo se tornam o motivo da vida de alguns.
Infelizmente o esporte tem uma característica bastante restritiva: são lembrados apenas os vitoriosos, aqueles que conquistaram o primeiro lugar. Ninguém se lembra do segundo lugar, por mais brilhante e valorosa que tenha sido a sua participação. Prova disso é a história do maior participante de grandes prêmios de fórmula 1, Rubens Barrichello, sempre vinculado a piadas, a despeito de sua carreira brilhante. Além disso, o esporte nos mostra que nem sempre o melhor vence, como no caso de Yelena Isinbayeva, recordista mundial do salto com varas por 28 vezes, mas que fracassou de maneira vexatória no mundial de Berlim, em 2009.
Poderíamos citar exemplos de vários desportistas e tirar lições de suas vidas, conquistas e derrotas, mas hoje gostaria de me concentrar em algo que Paulo diz em 1Coríntios 9:24-26: “Vocês sabem que numa corrida, embora todos os corredores tomem parte, somente um ganha o prêmio. Portanto, corram de tal maneira que ganhem o prêmio. Todo atleta que está treinando aguenta exercícios duros porque quer receber uma coroa de folhas de louro, uma coroa que, aliás, não dura muito. Mas nós queremos receber uma coroa que dura para sempre. Por isso corro direto para a linha final”. Mesmo nos tempos de Paulo os esportes eram extremamente amados pelas pessoas, principalmente as corridas. Os gregos tinham suas Olimpíadas, enquanto que os corintos tinham seus jogos Ístmicos. E nessa passagem Paulo compara a caminhada cristã com o esporte.
A razão maior dos esportes está na recompensa. Todos os atletas se esforçam e competem para serem recompensados ao final da prova. Nos tempos de Paulo, os vitoriosos ganhavam coroas de louro; em nossos tempos, os vitoriosos ganham medalhas. E os cristãos? Nós também estamos correndo por algo. Uma mistura das duas coisas: Um coroa, como nos tempos de Paulo, mas de ouro, como nas nossas medalhas; no entanto, uma coroa incorruptível, que o tempo e o esquecimento não irão apagar.
Mas a caminhada cristã possui uma grande diferença quanto aos esportes convencionais: Nos esportes, apenas os vitoriosos ganham o seu prêmio; na jornada cristã, não. A jornada cristã é como a história de Gabrielle Andersen, das olímpiadas de Los Angeles (1984), famosa corredora de 39 anos naquela época, que completou a prova totalmente desidrata, desorientada, com fortes câimbras e cambaleando nos últimos 200 metros da prova. Mesmo ficando em último lugar, com números que beiram o ridículo, Andersen se apresenta como uma das maiores figuras que ilustram o espírito olímpico. Ela sabia que o mais importante não era ser a primeira, mas chegar no final. Gostaria de convidá-lo nesse primeiro recado a não desistir da caminhada. Ser um esforçado e zeloso atleta pelo Senhor, e fixar os olhos na coroa que Deus está preparando para cada um de nós. Na corrida cristã, o mais importante não é a posição que terminamos a prova, mas se iremos termina-la. Afinal de contas, quando falamos de vida cristã, não é dos fortes a vitória, nem dos que correm melhor, mas dos fieis e sinceros.


Fonte: Pr. Tiago dos Santos. Coral Jovem de Curitiba

Fonte:https://coraljovemdecuritiba.blogspot.com//